Pseudo-crónica por alguém sem talento para a escrita

imagem daqui

Nunca ninguém mo disse, mas desconfio que muitas vezes aborreço as pessoas com os meus temas de conversa. Aliás, raramente alguém me criticou de que forma fosse, não que eu não tenha defeitos ou falhas, mas porque muito pouca gente é sincera. Mas esse não é um tema para agora.

Voltando aos temas desinteressantes, vou escrever sobre a semana que passou.

Como disse na publicação anterior, esta foi uma semana dedicada a atividades relacionadas com a minha área, para estudantes do 1º, 2º e 3º ciclo, e foi constituída por duas partes: uma de conferências, apresentações de livros e debates; e outra em que simulámos pequenas redações de comunicação social e fizemos uma cobertura dos eventos da semana.

Logo no primeiro dia, foi quando nos apresentaram o projeto desta semana e nos falaram do que iria ser feito e das atividades em que poderíamos participar. Inscrevi-me num dia para uma daquelas redações paralelas à programação da semana e, nos restantes, ajudei em peças e notícias e assisti a algumas das conferência e debates.

A primeira falha, notada logo de início, foi o material disponível e o seu estado. Para além de os instrumentos de trabalho escassearem para tantos alunos, tivemos várias falhas técnicas com microfones e câmaras.

De seguida, notou-se um certo monopólio da cobertura fotográfica. O fotojornalismo é a área de principal interesse para muitos estudantes dos Media, e nestas pequenas redações não houve uma única editoria dedicada à fotografia, sendo toda a cobertura fotográfica atribuída a uma única pessoa. No início alegaram que, no caso de mais alguém estar interessado, que essa pessoa também poderia participar, então resolvi falar com a minha editora e fui automaticamente desenganada.

Pois bem, eu pensei que nem tudo estaria perdido. Uma das conferências era sobre fotojornalismo e, talvez aí, conseguíssemos então aprender alguma coisa sobre essa área. Mais uma vez estava enganada. A conferência apenas serviu para que a nossa curiosidade se aguçasse ainda mais, sem tempo para falar de facto sobre o tema, pois durou apenas uma hora em contraste com as restantes de, no mínimo, duas horas.

Passando a outro tópico, foi triste a fraca adesão por parte dos estudantes. Visto que se queixam constantemente de o curso ser maioritariamente teórico, seria de esperar que, pelo menos nas redações, houvesse voluntários quase em demasia. Mas não, muitas das vezes apenas se via nas conferência as pessoas que iriam fazer a cobertura jornalística daquele evento (não tirando o mérito aos poucos que assistiram a conferências sem participarem nas atividades).

Por fim, queria salientar algumas partes boas desta iniciativa. Durante a semana houve, de facto, conferências bastante interessantes que me fizeram pensar em vertentes dos Media que nunca me tinham ocorrido. Permitiu que alunos dos diferentes ciclos se conhecessem e trabalhassem juntos. E espero que ajude a perceber e a procurar soluções para questões mais problemáticas das nossas formações.